«Science isn’t about WHY. It’s about WHY NOT»: Entre ciência e género na narrativa musical de Portal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.57885/0054.rpmns.10/2.2023

Palavras-chave:

Estudos de videojogos, Banda sonora e diegese, Literacia audiovisual, Feminilidade pós-humana, Narrativa musical

Resumo

Em primeira-pessoa e com apenas um engenho misterioso que cria portais, os videojogos Portal (2007) e Portal 2 (2011) (Valve Corporation) são, ainda hoje, considerados dos melhores títulos já produzidos. O seu enorme sucesso fomentou também a produção científica, principalmente na área STEM, da educação e da ciência. Contudo, a dimensão musical destes jogos, apesar de fulcral para a sua popularidade, tem sido relativamente negligenciada na academia.

Neste artigo irei examinar o modo como Portal e Portal 2 coloca em acção a música não-diegética no arco narrativo assente na relação antagónica entre protagonista e vilã. A ligação entre a literacia audiovisual e imersão do jogador através da dualidade musical do Outro (estranho como digital) e da humanidade (emoção como acústico) está intimamente relacionada com a interpretação ergódica e construção de significados da narrativa que se desenrola através do diálogo unilateral tanto empático (e irónico), como ameaçador entre personagens. Num quadro de indagação feminista sobre a ambiguidade identitária e feminilidade pós-humana, a crítica subjacente à própria instituição científica sublinha a atmosfera veiculada nos jogos e o funcionamento musical é cuidadosamente pensado não só como agente afectivo mas também, e principalmente, narrativo.

Biografia Autor

Joana Freitas, CESEM / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas / Universidade NOVA de Lisboa

Joana Freitas é doutoranda em Ciências Musicais Históricas na NOVA FCSH com uma tese intitulada «Transformações e convergências da sonoridade orquestral entre os meios audiovisuais e as plataformas digitais no séc. XXI». É investigadora no Centro de Estudos de Sociologia e Estética da Música (CESEM) e membro do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação (GTCC) e respectivos núcleos SociMus, CysMus e NEGEM. É membro fundador e coordenador da Music and Online Cultures Research Network (MOCReN) e as suas principais áreas de interesse são a música de videojogos e audiovisuais, internet, cultura digital e comunidades online, e ainda género e sexualidade.

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Publicado

2025-10-28

Como Citar

Freitas, J. (2025). «Science isn’t about WHY. It’s about WHY NOT»: Entre ciência e género na narrativa musical de Portal. Revista Portuguesa De Musicologia, 10(2), 323–346. https://doi.org/10.57885/0054.rpmns.10/2.2023

Edição

Secção

Artigos (revisto por pares)

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