Entre o modelo italiano e o drama romântico - Os compositores portugueses de meados do século XIX e a ópera
Resumo
Do ponto de vista musical o século XIX português, especialmente na sua primeira metade, caracteriza-se pela manutenção da supremacia da tradição vocal italiana vinda do século anterior. Entre as décadas de trinta e cinquenta, quando se começa a formar um repertório fixo, o Teatro S. Carlos de Lisboa procurava apresentar algumas óperas propositadamente escritas para ele. Recorria para tal aos maestri contratados, de preferência aos estrangeiros - como Francesco Schira, Pietro A Coppola, etc. -, que já tinham provas dadas. Os compositores portugueses activos nesse período, como António Luís Miró, Manuel Inocêncio dos Santos ou Francisco Xavier Migone, alguns dos quais também desempenhavam funções no teatro, não tinham obrigação de escrever ópera mas fizeram-no, embora de forma pontual. O objectivo deste artigo é, apesar da escassez das partituras que chegaram até nós, analisar as motivações e o modo como esses compositores compuseram óperas estudando também as condições em que o S. Carlos as produziu.
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