A singularidade dos Passionários impressos em Portugal no século XVI

Autores

  • José Maria Pedrosa Cardoso

Resumo

São conhecidos em Portugal três passionários impressos no séc. XVI: os de Diogo Fernandes Formoso (1543), Manuel Cardoso (1575) e Fr. Estêvão de Cristo (1595). Todos eles contêm o accentus das Paixões de Mateus, Marcos, Lucas e João e também as lições do Ofício das Trevas bem como o Exultet do Sábado Santo. Alguns deles apresentam ainda algumas rubricas do Domingo de Ramos e de Sexta Feira Santa. Em complemento, Fernandes Formoso apresenta elementos de um hinário completo em notação parcialmente mensurada e Manuel Cardoso a versão completa do salmo invitatório em todos os modos gregrianos. É referida ainda a especificidade portuguesa do tonus passionis, segundo a qual, além do tratamento enfatizado de algumas frases, os três cantores da Paixão, Cristo – Evangelista - Sinagoga, executam os seus recitativos nas cordas de Fá-Fá­ Dó’.

Biografia Autor

José Maria Pedrosa Cardoso

JOSÉ MARIA PEDROSA CARDOSO, doutorado em Ciências Musicais Históricas pela Universidade de Coimbra, exerceu funções docentes em diversos graus do ensino oficial e particular. Escreve em revistas da especialidade e em programas de concertos e ópera e é autor de O Teatro Nacional de S. Carlos - Guia de Visita, 1991, e Fundo Musical da Santa Casa da Misericórida de Lisboa, 1995. Com trabalhos de investigação no âmbito da Musicologia Histórica, lecciona na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde é Director do Mestrado em Ciências Musicais e membro do secretariado da Licenciatura em Estudos Artísticos.

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Publicado

2014-12-20

Como Citar

Cardoso, J. M. P. (2014). A singularidade dos Passionários impressos em Portugal no século XVI. Revista Portuguesa De Musicologia, 12, 35–66. Obtido de https://rpm-ns.pt/index.php/rpm/article/view/109

Edição

Secção

Artigos (revisto por pares)