António Leal Moreira (1758-1819): Obras e fases estilísticas e sua presença no «cânone» da musicologia portuguesa e luso-brasileira

Ricardo Bernardes

Resumo


Pertencente a uma geração de compositores portugueses que só mais recentemente tem chamado a atenção dos musicólogos, António Leal Moreira (1758-1819) teve um papel fundamental no meio musical da corte em Lisboa. Foi aluno e posteriormente mestre no Seminário da Patriarcal, autor de obras sacras de relevada importância, compositor de serenatas de corte na primeira fase do reinado de D. Maria I, até seu impedimento em 1792, tendo sido o primeiro diretor musical do Teatro de São Carlos, inaugurado em 1793. As suas obras, sobretudo as sacras, foram grandemente difundidas no universo musical luso-brasileiro durante o século XIX. No entanto, foram seus entremezes, A saloia namorada (1793) e A vingança da cigana (1794), compostos em colaboração com o poeta brasileiro Domingos Caldas Barbosa, que o tornaram mais conhecido modernamente. Este artigo propõe uma organização geral de sua obra, de acordo com as características estilístico-musicais de cada período de sua carreira como compositor. Do mesmo modo, pretende situar Leal Moreira e sua produção no amplo contexto europeu e luso-brasileiro, assim como a participação de sua obra e trajectória na elaboração de um cânone musical, no contexto da musicologia portuguesa e luso-brasileira.


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