Sons de Abril: Estilos musicais e movimentos de intervenção político-cultural na Revolução de 1974
Resumo
À Revolução de 25 de Abril de 1974 ficou associado um universo sónico constituído por canções e músicas politicamente empenhadas, os «Sons de Abril». Propõe-se uma reflexão e caracterização estilística do fenómeno através de uma análise do relacionamento entre os vários objectivos de intervenção político-cultural e os diversos estilos musicais desenvolvidos. A Revolução é considerada num contexto alargado, que inclui um longo período de preparação e um período de estabilização, marcado por uma decrescente actividade revolucionária. Assim, são contempladas as Canções heróicas dos tempos de resistência ao regime a partir do final da II Guerra Mundial, a «música de resistência» dos anos sessenta, a «canção de intervenção» da breve Primavera Marcelista, o período do «canto livre» dos anos da Revolução, e o dos Grupos de Acção Cultural do período democrático. A política colonial portuguesa promoveu a partida para o exílio de grande número de jovens e é precisamente a partir do seu exílio em Paris que se proporciona o arranque para a propagação mediática da chamada «música de intervenção».
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