«Unidade, trabalho e vigilância»:
O «homem novo» nos hinos revolucionários de Moçambique (1962-77)
DOI:
https://doi.org/10.57885/0027.rpmns.9/2.2022Resumo
Este artigo pretende apresentar os valores que nortearam a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e o seu projeto «homem novo», através da análise sonora e textual de um repertório conhecido como «hinos revolucionários» – uma prática expressiva coral, a quatro vozes, de influência religiosa. Tendo como fontes vários artigos publicados em jornais locais, documentos consultados nos arquivos sonoros da Rádio Moçambique em Maputo e entrevistas realizadas a decisores políticos e produtores musicais, procuro, através da análise deste repertório, esclarecer alguns aspetos da política cultural da FRELIMO, desde a sua fundação em 1962 enquanto «Frente de Libertação», até à sua transformação em partido no III Congresso realizado em março de 1977, dois anos após a formalização da independência. O artigo está dividido em duas partes: a primeira contextualiza historicamente esta prática, bem como alguns aspetos da sua instrumentalização com vista à promoção dos valores da frente de libertação; a segunda foca-se na análise musical e literária de um conjunto de hinos editados num duplo LP imediatamente após a independência.
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