From Anchieta to Guerrero: The Salve Regina in Portuguese Sources and an Unknown Early Spanish Alternatim Setting

Bernadette Nelson

Resumo


As cerca de doze Salve Regina polifónicas, algumas fragmentárias, copiadas em manuscritos do século XVI preservados na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra não mereceram até hoje investigação pormenorizada. Com excepção de apenas duas obras atribuídas a compositores do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, todas são anónimas. No entanto, a análise dos estilos e das variantes textuais deste pequeno grupo de obras revelou, além de concordâncias das Salve Regina de Anchieta e Guerrero, que uma ou duas outras foram claramente importadas de Espanha e que as restantes parecem ser de origem portuguesa, ou local. As obras espanholas terão sido originalmente destinadas principalmente para a execução nos Ofícios especiais da Salve, uma particularidade da devoção mariana em importantes instituições como as catedrais de Sevilha e Palencia e a capela real de Castela a partir das duas últimas décadas do século XV. Este estudo centra-se especialmente em uma Salve Regina anónima concebida para ser executada em alternância com o cantochão, copiada junto com um fragmento da Salve de Anchieta no manuscrito P-Cug MM 7, que revela estreitas relações com algumas das Salve Regina espanholas mais antigas, incluindo as de Anchieta, Rivaflecha e Escobar. Trata-se de uma obra com cantus firmus aparentemente baseado, em grande parte, na versão sevilhana do cantochão, como aparece na Breve instrucción (1565), única fonte conhecida para a melodia da Salve Regina em uso na catedral de Sevilha no século XVI.


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