A música de Antonio Tedeschi (1702-1770) para a festa de Nossa Senhora das Dores: contexto litúrgico, fontes, circulação e questões estilísticas

Fernando Miguel Jalôto

Resumo


Antonio Tedeschi (1702-70), padre napolitano, foi contratado em 1733 como cantor por D. João V para a Capela Real e Patriarcal de Lisboa. Trabalhou ao serviço desta instituição no Paço da Ribeira e, a partir de 1755, no Paço de Nossa Senhora da Ajuda, até à sua morte, em 1770. Distinguiu-se como poeta, libretista e compositor. Sobrevivem oitenta composições vocais sacras da sua autoria, preservadas maioritariamente no Arquivo da Sé Patriarcal de Lisboa, mas também noutras bibliotecas e arquivos nacionais e italianos. Destaca-se um conjunto de onze obras destinadas à festividade de Nossa Senhora das Dores, que incluem um jogo de vésperas, com cinco salmos e magnificat, três sequências e dois motetos, compostos aproximadamente na década de 1760. Este artigo procura contextualizar estas composições percorrendo as instruções dos manuais litúrgicos, relatos da época e outras obras contemporâneas escritas para a mesma celebração. Apresenta um levantamento de todas as fontes manuscritas conhecidas e uma breve e resumida análise formal e estilística, focada apenas em alguns dos elementos que parecem ser mais relevantes. O objectivo é revelar detalhes sobre a obra de um compositor praticamente desconhecido actualmente, mas muito conceituado no seu tempo, e contribuir para um conhecimento mais aprofundado da música sacra setecentista em Portugal.


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