The Office of the Dead in Portuguese Medieval Uses
Resumo
Este artigo procura determinar a procedência dos formulários do Ofício de Defuntos dos principais usos litúrgicos medievais portugueses (Braga, Coimbra, Évora e Santa Cruz de Coimbra) e percorrer as mudanças que neles ocorreram até ao início do período moderno. São consideradas as circunstâncias históricas da restauração das diferentes dioceses depois da reconquista, a origem e o percurso dos seus primeiros prelados, as fontes subsistentes de cada uso litúrgico e as suas características específicas, com referência à literatura especializada entretanto produzida. A exemplo do estudo pioneiro de Knud Ottosen, a metodologia assenta também numa ampla comparação das séries de responsórios e versos das Matinas de Defuntos e outras particularidades textuais e musicais de fontes locais e de fontes ibéricas e francesas seleccionadas. Em apêndice, são fornecidas listas exaustivas das fontes manuscritas e impressas dos usos de Braga, Évora e Santa Cruz, incluindo as respectivas localizações e referências bibliográficas relevantes.