Patrocínio e «performance practice» em Lisboa e proximidades na segunda metade do século XVIII e começo do século XIX
Resumo
Um estudo sistemático dos «manifestos» anuais dos «directors», membros da Irmandade de Santa Cecília, fornece numerosas informações sobre os conjuntos musicais contratados para as festas, e o seu financiamento. Este patrocínio pode ser individual, principalmente entre a nobreza, mas também nas várias elites (altos administradores, magistrados, financeiros, negociantes, militares, diplomatas, eclesiásticos). Quando é colectivo, intervêem organizações governamentais, militares, sanitárias, religiosas, e numerosas irmandades. A elaboração estatística mostra uma utilização generalizada de pequenos conjuntos de músicos (cantores e instrumentistas), frequentemente com um músico por cada parte. Execuções puramente a cappella representam em média 10% do total, e as que têm baixo contínuo (de orgão quase sempre) o dobro. Nota-se a frequente execução de músia puramente instrumental em lugares de culto. O número de músicos empregue não é fixado unicamente consoante as idades financeiras, mas também consoante as dimensões dos locais festivos.
						
							

