A introdução e a recepção da ópera cómica nos teatros públicos de Lisboa entre 1841 e 1851

Autores

  • Isabel Gonçalves

Resumo

No espaço de dez anos, desde a sua introdução em versão traduzida nos teatros públicos de Lisboa, até à sua plena absorção no sistema de produção e consumo, a ópera cómica teve um impacto que se repercutiu em todos os sectores da praxis musico-teatral, dos empresários teatrais aos compositores até à imprensa e ao público. Rejeitada por uns como género de entretenimento francês, contrário aos princípios setembristas de afirmação nacional e de esclarecimento; aceite por outros como um género passível de autonomização no contexto português, a ópera cómica cedo foi adoptada por compositores nacionais, permitindo a um público mais abrangente que o do Teatro de São Carlos o acesso a óperas em português. A forma como a imprensa interpretou as sucessivas incursões neste género musico­teatral é analisada neste artigo, permitindo diagnosticar já na década de quarenta uma série de temáticas que iriam dominar os discursos sobre a música ao longo da segunda metade do século XIX, desde a crítica ao predomínio da ópera italiana à reivindicação de um nacionalismo musical.

Biografia Autor

Isabel Gonçalves

 

ISABEL NOVAIS GONÇALVES fez o curso geral de piano no Porto, onde se licenciou em Ensino da Música pela Escola Supe­ rior de Educação. Licenciou-se em Ciên­ cias Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. Bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), prepara presentemente um doutoramento na mesma Universidade sobre a música teatral de Joaquim Casimiro Júnior.

Downloads

Publicado

2014-12-20

Como Citar

Gonçalves, I. (2014). A introdução e a recepção da ópera cómica nos teatros públicos de Lisboa entre 1841 e 1851. Revista Portuguesa De Musicologia, 13, 93–112. Obtido de https://rpm-ns.pt/index.php/rpm/article/view/124

Edição

Secção

Artigos (revisto por pares)