Editing the Cantigas de Santa Maria: Notational Decisions
Resumo
Este artigo começa por apresentar as principais questões metodológicas com as quais o editor musical das Cantigas de Santa Maria inevitavelmente se confronta; passa então a discutir os problemas de transcrição rítmica e a propor uma abordagem inovadora da notação, baseada em indícios involuntariamente providenciados pelos copistas (hesitações, emendas) quando instados a fixar por escrito, dentro dos condicionalismos do século XIII, o que ouviam ou cantavam. Exemplifica-se o uso de padrões, regulares ou variados, de origem árabe ou parisiense, e casos de ambiguidade notacional que testam os limites do raciocínio filológico. Defende-se que a escolha de uma figura notacional pelo copista não dependia necessariamente da sua velocidade de execução, e que a tensão entre o facto musical e a convenção notacional podia implicar opções notacionais ao arrepio da intuição. Admitem-se, entre as soluções de transcrição requeridas pela notação das CSM, subdivisões ternárias num enquadramento métrico binário (ou vice-versa) e a equivalência temporal de metros diferentes, por exemplo 3/4 e 6/8 (terceiro modo compacto). As vantagens desta abordagem são demonstradas com base em Cantigas exemplares.Downloads
Publicado
2014-11-18
Como Citar
Ferreira, M. P. (2014). Editing the Cantigas de Santa Maria: Notational Decisions. Revista Portuguesa De Musicologia, 1(1), 33–52. Obtido de https://rpm-ns.pt/index.php/rpm/article/view/34
Edição
Secção
Dossier Temático (revisto por pares)