Programming Early Portuguese Repertoires beyond the Pyrenees: The Pioneering Contribution of Macario Santiago Kastner

Sonia Gonzalo Delgado

Resumo


Macario Santiago Kastner (1908-92) é reconhecido como ‘o primeiro que entre nós soube escrever o nome de Portugal no mapa da musicologia internacional’ (Manuel Carlos de Brito 1989). Kastner estabeleceu-se em Lisboa, em 1934, e dedicou parte do seu percurso a descobrir a música portuguesa e espanhola dos séculos XVI a XVIII. Fascinado pela música ibérica desde o início da década de 30, dedicou-se à programação de repertório português para tecla por toda a Europa, desenvolvendo uma longa carreira como intérprete. Kastner foi, ao longo dessa década, o primeiro a interpretar Carlos Seixas em Sofia, Amesterdão e Helsínquia, também o primeiro a publicar uma colecção de peças portuguesas para tecla – Cravistas Portuguezes (1935) – e pioneiro na introdução do clavicórdio na interpretação desse repertório de acordo com a sua visão da prática instrumental historicamente informada. Existe um grande número de fontes por explorar (programas de concertos, recensões de concertos, correspondência com o seu mentor Joan Gibert Camins, o seu currículo pessoal e brochuras promocionais), preservadas na Biblioteca Nacional de Portugal e na Biblioteca de Catalunya, entre as quais se podem encontrar documentos relativos ao início da sua carreira. Pretende-se neste artigo analisar a actividade de Kastner na década de 30 na promoção da música portuguesa por toda a Europa, com particular ênfase nas estratégias de configuração dos programas – tanto do repertório, como da abordagem organológica – de forma a criar um nicho para a expansão no mercado da música antiga.


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