A introdução e a recepção da ópera cómica nos teatros públicos de Lisboa entre 1841 e 1851
Resumo
No espaço de dez anos, desde a sua introdução em versão traduzida nos teatros públicos de Lisboa, até à sua plena absorção no sistema de produção e consumo, a ópera cómica teve um impacto que se repercutiu em todos os sectores da praxis musico-teatral, dos empresários teatrais aos compositores até à imprensa e ao público. Rejeitada por uns como género de entretenimento francês, contrário aos princípios setembristas de afirmação nacional e de esclarecimento; aceite por outros como um género passível de autonomização no contexto português, a ópera cómica cedo foi adoptada por compositores nacionais, permitindo a um público mais abrangente que o do Teatro de São Carlos o acesso a óperas em português. A forma como a imprensa interpretou as sucessivas incursões neste género musicoteatral é analisada neste artigo, permitindo diagnosticar já na década de quarenta uma série de temáticas que iriam dominar os discursos sobre a música ao longo da segunda metade do século XIX, desde a crítica ao predomínio da ópera italiana à reivindicação de um nacionalismo musical.
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