O movimento da música antiga em Portugal: Uma biografia

Tiago Manuel da Hora

Resumo


O movimento da música antiga difundiu-se à escala internacional a partir da década de 1960 do século XX como uma corrente de prática e produção musical, caracterizando-se pela abordagem interpretativa assente no conhecimento de fontes históricas e no recurso a instrumentos da época, e configurando-se como um fenómeno de caráter estético-interpretativo. Foi, por conseguinte, um dos principais fenómenos que transformaram decisivamente parte da prática de música erudita nos últimos cem anos. Em Portugal, este movimento apresenta um trajeto de cerca de seis décadas, marcadas por diferentes fases históricas. Após um primeiro interesse pelo património do passado na primeira metade do século XX, a disseminação do movimento da música antiga iniciou-se verdadeiramente a partir da década de 1960, com a ação primordial de Santiago Kastner, alavancada consequentemente por uma primeira geração de intérpretes especializados em música antiga, que deram um importante impulso para a proliferação deste movimento nas últimas décadas do século XX. A música antiga desenvolveu-se e consolidou-se, ao longo de sucessivas gerações, como um mercado autónomo, constituído por intérpretes, investigadores, agentes culturais e público especializado. Este artigo propõe uma síntese biográfica de um movimento cuja importância é hoje incontestável no âmbito da música erudita e cujo estudo é fundamental para conhecer melhor a história da vida musical em Portugal nos últimos cem anos.


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