Vicente Portolés, swing mediterráneo

Daniel Martínez Babiloni

Resumo


A história que pretendemos traçar com este artigo é a de um músico, Vicente Portolés Tomás (1918-82), reconhecido localmente na cidade de Castellón de la Plana (Comunidade Valenciana, Espanha), mas esquecido pelos dicionários e pela história da música em geral, geralmente orientados para a música erudita. A figura de Portolés é o epítome de uma forma de compreender a música muito difundida em Espanha entre os anos 1940 e 1960. Muitos músicos formaram orquestras para animar as festividades e  os eventos sociais em cidades como Castellón e nas vilas da sua província. Além disso, administraram esses conjuntos, criaram as peças que eles próprios executaram, distribuíram e gravaram música. Durante esse período, Vicente Portolés compôs cerca de trinta canções de jazz, às quais devemos acrescentar pasodobles, boleros, tangos e ritmos latinos. As fontes consultadas não esclarecem como foi capaz de adquirir as competências que o jazz requer, pelo que tentámos estabelecer um quadro detalhado de influências a partir das experiências que teve na sua cidade: cinema, rádio, programas de variedades e os programas dos concertos da Banda Municipal, onde tocou trombone. Assume especial relevância o contacto que Portolés, como outros músicos, pôde ter com os fuzileiros navais da 6.ª Frota norte-americana, que por diversas vezes visitou Castellón nos anos 1950.


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