Lourenço, Transfigured Night, and Musical Writing

Steven Rings

Resumo


A obra Verklärte Nacht de Schoenberg ocupou um lugar privilegiado no cânone musical pessoal de Eduardo Lourenço. Refere-se a esta obra, e também à Música para cordas, percussão e celesta de Bartók, como a sua alma verdadeira em termos sonoros e cita-a diversas vezes no seu ‘diário musical’, Tempo da música, música do tempo, publicado recentemente. Enquanto as discussões de Lourenço sobre o sexteto de Schoenberg são altamente poéticas e elusivas, este ensaio aborda a obra na direcção oposta, desenvolvendo o discurso técnico da teoria musical transformacional. Este artigo procura explorar a dialética metodológica que Lourenço esboça entre o compreender e o sentir na experiência musical, relacionando estas ideias com o debate musical académico anglo-americano sobre a inefabilidade musical e a eficácia (ou ineficácia) ou o discurso em torno da música. Em última análise, este artigo pretende demonstrar que o discurso sobre música—seja através da veia poética de Lourenço, ou em termos técnicos da teoria musical mais recente—é melhor compreendido como o resultado do encontro entre o sujeito que interpreta, a música e a linguagem, do que como uma explicação racional da experiência musical. 


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